Sai Paulo Duarte entra Vítor Oliveira

Francisco Reis

Depois de termos noticiado o abandono do comando técnico do Sporting de Braga por parte de Jorge Costa, esta semana somos obrigados a falar da quinta “chicotada psicológica” da presente época. E se Jorge Costa foi despedido pelo presidente do clube, Paulo Duarte despediu-se do Leiria.

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Após 9 jornadas disputadas na nossa Liga, os homens de Lis estão posicionados no último lugar – um arranque francamente mau para uma formação com a tradição da União Desportiva de Leiria, habitualmente na luta por uma vaga europeia. Diga-se em abono da verdade que este foi o pior começo de campeonato de sempre desta equipa, com 3 empates e 6 derrotas.

A derrota caseira agudizou o problema e levou Paulo Duarte a demitir-se. Antes de se tornar treinador principal da União de Leiria, foi jogador do clube durante vários anos e foi adjunto de Vítor Pontes, Jorge Jesus e mais recentemente de Domingos Paciência.

Depois de concluir a temporada transacta na 7ª posição e de ter levado os seus pupilos à Taça UEFA através da Taça Intertoto, Paulo Duarte reuniu com o presidente (seu genro) para acertar a saída. João Bartolomeu já havia dito que não equacionava a saída do treinador mas tendo a vontade partido do próprio, o cenário alterou-se e a ruptura – amigável, diga-se – consumou-se.

Paulo Duarte disse aos jornalistas que, estando o clube na situação em que está, teria que haver uma mudança: “Sou profissional do clube há muitos anos e sinto-o como um adepto. Entendi que a minha presença não estava a ser benéfica para a instituição que apostou em mim. Não quero hipotecar o futuro do clube por causa de um capricho pessoal”. Acrescenta que “a vitória dita todo o percurso de um treinador e as coisas não aconteceram favoravelmente”. Prosseguiu dizendo que “tacticamente, a equipa está bem, mas há muitas falhas individuais. Isso acabou por ditar esta situação. Alguns jogadores não reúnem características adequadas para uma equipa como a União”. O treinador não descarta a possibilidade de se manter nos quadros do clube com outra função, contudo é mais provável que rume a outras paragens para continuar a sua carreira.

O nome do sucessor surgiu logo no dia seguinte: Vítor Oliveira, nome mais fortemente vinculado pela imprensa, foi o escolhido. Espera-se agora que este treinador da “velha guarda” consiga fazer a União Leiria regressar às vitórias, deixando de ser “lanterna vermelha”. Recorde-se que este homem já esteve no clube e foi ele quem, em 1997/98, subiu com o Leiria ao escalão máximo do futebol português, com a conquista da Liga de Honra.

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Quando chegou, Vítor Oliveira disse: “Espero ter aqui o mesmo sucesso que tive da primeira vez, em que consegui os objectivos e com algum brilhantismo até”. “Partimos com algum atraso, mas se o empenhamento for total da equipa técnica, administração, mas fundamentalmente dos jogadores, sairemos desta situação”, disse. Em relação aos jogadores, acrescentou que eles “têm uma responsabilidade grande nesta classificação e serão eles que terão uma responsabilidade grande se sairmos desta situação desagradável”.

O próximo jogo dos leirienses, jogo de estreia para Vítor Oliveira ao leme, é contra a Naval, na Figueira da Foz.

Fontes: Jornal de Notícias, Record, Sic Online, Mais Futebol

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